FASHION TOUR: MILÃO: semanas de moda internacionais

Acompanhe o que rolou nas coleções outono/inverno nas 4 principais semanas de moda internacionais a pouco mais de 2 meses: Londres, Paris, Milão e NY. As melhores grifes com os melhores looks. Pra muitos estilistas, a separação entre coleções de inverno, coleções de verão é mera formalidade. Quase sempre em muitos desfiles, looks desfilados numa estação facilmente podem ser usados em outra e vice versa. Muitas vezes o que difere mesmo são as cores. Passarelas internacionais recheadas de modelos e tops brasileiras nos enchendo de orgulho.

Tendências fortes que marcaram presença nos desfiles: ombros marcados, destacados e volumosos, cintura marcada com finos e delicados cintos, peles, saia lápis para o trabalho ou para balada, tomara-que-caia, meia-calça colorida e estampadas e rendadas e de vários tipos, sillhueta enxuta e justinha. Anotou? Muitas dessas tendências continuam forte no verão como vimos também em passarelas brasileiras.Verão no Hemisfério Norte significa inverno no Hemisfério Sul. Apesar do verão gritar pedindo passagem, ainda estamos no inverno, então vamos aproveitar as tendências nas últimas semanas que nos resta de frio! Check it out!

Blugirl

Paetês, cetins, plumas, coleção lembrando muito os anos 20, 30 e 40. Vestidos no estilo melindrosa mas muito vendáveis. Muitas cores.

Blumarine

Muito brilho, muita informação ao bater o olho no desfile de Anna Molinari, sobretudo por conta do cenário. Roupas nada caretas, e muito elegantes.

Burberry

O tradicional trench coach da marca estava lá, bem como o icônico xadrez, que serviu de forro para as golas e colares de pele. Luxo que vai vender muito bem. Uma das minhas marcas preferidas.

D&G

A marca jovem da dupla escolheu a ópera como inspiração sem perder os velhos hábitos: militarismos, volumes e veludos em vestidinhos curtos e armados.

Dolce & Gabbana

Desfile concorrido e cheio de celebridades presentes: Scarlett Johansson, Kate Hudson, Naomi Watts, Lauren Hutton, Claudia Schiffer, Eva Herzigova e Eva Mendes. O foco foram os ombros, grandes e volumosos. Estaparia com o retrato de Marilyn Monroe e curiosos colares e adereços de cabeças de luvas... Um coleção praticamente toda em preto e branco com algumas peças em pink.

Dsquared²

Luxuosas mulheres modernas do dia-a-dia descendo escadarias na passarela com seus copinhos nada generosos de Starbucks café na mão . A grife que nasceu do jeans wear, vem com cortes de alta costura. Talvez tenha sido o desfile da temporada com mais acessórios.Tudo já para usar!

Emilio Pucci

Com nova direção criativa do norueguês Peter Dundas, essa temporada a Pucci desviou um pouco dos tradicionais e coloridos grafismos da marca. Perdeu um pouco de identidade, mas continua linda a coleção. Tudo bem clean com tons terrosos e neutros no inicio e aos poucos alguns azuis aparecem também. Gostei desse desfile porque é a roupa que chama atenção e não o cenário. Assim que deve ser...

Emporio Armani

É a marca mais ousada e jovem do grupo Giorgio Armani. Meias soquetes aparecem mais uma vez lembrando colegiais. Impecável, veludosa, e chique. Destaque para algumas entradas em duplas das modelos com looks quase gêmeos.

Fendi

Em uma palavra: escuro. Em duas: escuro e vermelhos. Embora seja a cara do inverno, não sou muito fã de desfiles monocromáticos, gosto de cores! Apesar disso, foi glamuroso. Karl Lagerfeld trouxe suas clássicas e maravilhosas peles.

Giorgio Armani

A entrada dupla de modelos se repete aqui. Muitos looks economicamente corretos que podem ser usados de dia ou de noite. Versatilidade protagonizou o desfile que nesses tempos bicudos de crise ele trouxe peças que você usará para toda vida!

Gucci

O detalhe fica por conta cristais Swarovski incrustados nas peles, que só aparecem com o movimento, efeito muito classudo. Roupas para as bem magras eu diria, padronagem bem justa ao corpo. Lurex, couros, pretos, degradês e brilhos numa pegada rock glam.

Jil Sander

Desfile dividido em duas partes. Primeira parte: um básico chique, bem estruturado e bem costurado, cores neutras e sapatos bicudos e coloridos. Segunda parte: cortes diferenciados e estratégicos, volumes e detalhes coloridos, mas os tons neutros permanecem.

Marni

Em suma: mix de textura, relevos e cores. O desfile se manteve fiel ás caracteristicas da marca: modelagem ampla. As meias-calça e meias até altura dos joelhos novamente estavam lá, bem como as maxi bijoux e grandes óculos, tendências forte!

Missoni

Sobreposições é a palavra de ordem deste desfile. Outra palavra quem vem á cabeça é : lã. Longos cachecós até os pés, cores sóbrias e tons claros, coleção em clima boêmio e riquíssima em detalhes.

Prada

Longos decotes em V na frente e no verso das roupas me fez pensar: "será que não passaria frio usando uma roupa assim?". Grandes volumes marcando a cintura com cintos fininhos. Trench Coachs que eu tanto adoro, presentes em diferentes materiais e cores. Rachel Green, personagem do seriado americano Friends amava a Prada e sonhava que um dia ela pudesse fazer roupas para gestantes, quem sabe um dia...

Roberto Cavalli

Preto + tachas = Cavalli. A transparência também se fez presente nessa coleção. Na semana passada, o produtor da sua linha jovem, a Just Cavalli, entrou em concordata e não entregou as peças, forçando o cancelamento do desfile dois dias antes da data. Uma pena.

Salvatore Ferragamo

Cartela de cores basicamente avermelhada terrosa. Novamente a transparência veio forte e muito chique. Peças de alfaiataria modernas e super sexy, um guarda roupa para mulheres seguras de si e que adoram sair a noite.

Versace

Donatella fez o caminho inverso a grande maioria: usou cores escuras e neutras em looks diurnos e cores mais vivas e coloridas para looks noturnos. Coleção para mulheres super sexy e cheia de curvas. Como de costume, vestidos com recortes estratégicos e fendas. Um bom elenco no time de modelos. O cenário mudava de cor de acordo com o tom da roupa desfilada. Um show!