FASHION TOUR: PARIS: semanas de moda internacionais

Acompanhe o que rolou nas coleções outono/inverno nas 4 principais semanas de moda internacionais a pouco mais de 2 meses: Londres, Paris, Milão e NY. As melhores grifes com os melhores looks. Pra muitos estilistas, a separação entre coleções de inverno, coleções de verão é mera formalidade. Quase sempre em muitos desfiles, looks desfilados numa estação facilmente podem ser usados em outra e vice versa. Muitas vezes o que difere mesmo são as cores. Passarelas internacionais recheadas de modelos e tops brasileiras nos enchendo de orgulho.

Tendências fortes que marcaram presença nos desfiles: ombros marcados, destacados e volumosos, cintura marcada com finos e delicados cintos, peles, saia lápis para o trabalho ou para balada, tomara-que-caia, meia-calça colorida e estampadas e rendadas e de vários tipos, sillhueta enxuta e justinha. Anotou? Muitas dessas tendências continuam forte no verão como vimos também em passarelas brasileiras.Verão no Hemisfério Norte significa inverno no Hemisfério Sul. Apesar do verão gritar pedindo passagem, ainda estamos no inverno, então vamos aproveitar as tendências nas últimas semanas que nos resta de frio! Check it out!

Alexander McQueen

Desfile performático. Maquiagem meio de palhaço meio macabra e cenário cheio de entulhos, guarda-chuva como adereço de cabeça. Como sempre seus desfiles são um show! Porque na vida real acho bem dificil se usar 80% das peças apresentadas.

Balenciaga

Mulheres clássicas, esse desfile é pra vocês. Ultra feminina com as francesas são. Mix de estampas delicadamente compostas em tecidos finos. Nicolas Ghesquière faz seu desfile no suntuoso hotel Crillon com suas grandes janelas abertas para um lindo cartão postal parisense.

Balmain

Um dos meus preferidos.Dá pra confundir esse desfile com o último desfile de inverno da brasileira Iódice. Como não se mexe em time que está ganhando, a tendência rock chique continua. Preto, couro, brilho, tachas e ombros! Da noite numa balada forte ao show de rock (como rockstar ou platéia) e reunião com amigos. Vestidos justos e curtos e decotados, supersexy.Fiquei com vontade de levar tudo pra casa, dificil escolher um look só.

Chanel

Outro desfile com muitos VIPS na primeira fila assistindo: Kate Moss, Milla Jovovich, Claudia Schiffer, Anna Mouglalis e Freda Pinto. Verdes, pretos, brancos, rosés, frufrus, babadinhos, frescurinhas e muita classe definem bem o desfile. Enormes bolsas tranparentes com a icônica alsa de corrente vira objeto de desejo. Em dois momentos um quarteto de homens desfilando de uma vez.

Chloé

Bolsas gigantescas e tecidos pesados. Cores de inverno e peças simples de usar. Modelagem ampla e confortável. Das passarelas direto para as araras.

Comme des Garçons

Esvoaçante militar. Os vários tons de verde predominaram. A maioria das peças parecia um grande manto ou cobertor jogado em cima do corpo. Coleção díficl de usar mas muito bonita e louca.

Dior

O tema: oriente. Maquiagem e cabelo numa mistura de bonequinhas de porcelana e mulheres dos anos 20, do jeito que Galliano gosta. Quando você pensa numa coleção oriental já pensa em quimonos certo? Errado. Vestidos de cores fortes e vibrantes, cores brilhantes, estrutura bem diferente dos quimonos. Texturinha aqui, aplicação ali, estampa acolá. Tudo bem soltinho e gostoso de usar.

Dries Van Noten

Mistura de cores fortes, complementares ou análogas, coisa mais agradável de se ver. O recorte e combinação de estampas sóbrias não me agradou muito. Coleção para moças trabalhadoras comportadas ao mesmo tempo ousadas de grandes metrópoles.

Galliano

Desfile extremamente rico em detalhes inspirado no frio europeu, com diteito até a neve artificial na passarela. Sendo assim, os tons de branco, cinzas e azulados dominaram. Alguns looks lembram camponesas ou festivais de orktobeerfest. Vestidos com saias bufantes e volumosas. Acredito que seja dificil usar visuais assim na vida real. Toda fantasia digna de Galliano.

Giambattista Valli

O estilista arquiteto deixou sua marca em silhuetas com linhas retas, muito luxo em forma de de vestidos e casacos com texturas, brilhos e p

Givenchy

Ricardo Tisci é do grupinho de estilistas que adora o gótico. Mas nessa coleção ele mostrou o oposto. Os recortes e misturas de tecidos e materiais dos vestidos garante boas vendas. O tule e o preto presentes faz com que ele não abandone totalmente sua indentidade.

Hermès

Tons predominantes: cinza e marrom. Aviadoras e a mistura de masculino e feminino foram tema. Jean Paul Gaultier cria peças e bolsas para uso eterno. E claro, o couro muito presente e impecável como sempre. Vestidos fluidos e leves de tecidos nobres.

Jean Paul Gaultier

Gaultier usa muito a relação masculino/feminino insinuando sexo e sadomasoquismo. Chicotes, máscaras e até uma briga falsa entre 2 modelos no final em que um star de filmes sado-masô com chicote aparece para apartar. Vestidos sexy e meninas vestidas como meninos

Karl Lagerfeld

A cartela de cores veio bem no clima de inverno, tons escuros. Me lembrou um pouco a Rússia, nas peles, casacos militares e ombreiras. Todos os looks têm calça skinny, quase legging. Tudo bem usável.

Lanvin

Alber Elbaz, um dos queridinhos do mundo da moda, mostrou roupas para o dia-a-dia e de muito bom gosto. O preto predominou com algumas peças em bege e vermelho. Novamente muita presença de peles e bijux gigantescas.

Louis Vuitton

Marc Jacobs, o queridinho que tem um noivo brasileiro sempre traz cor e vida as passarelas dele e da Vuitton. Sapatos divertidos e calças curtas para poder vê-los. Looks bem a lá Paris e extremamente femininos e desejáceis pelas mulheres urbanas modernas. Looks dignos de cerimônias e premiações, bem como fez Madonna na abertura da exposição Model as Muse no MET NY em maio passado.

Margiela

Looks pouco usáveis de tons escuros e verdes, ombros marcados e várias peças com pedaços faltando, assimetria e geometria vieram forte nessa coleção. O designer, que ninguém nunca viu (ele mantém o ar de mistério e jamais aparece no final de um desfile), deu no final do desfile um clima meio cosmos com bolinhas de sabão. Uma coleção que não me agradou.

Miu Miu

Pra começar a locação do desfile: uma mansão de 1800 em um bairro chic e burguês de Paris. Muita pele a mostra entre peles e tons sobrios e claros, vestidos de cintura alta e decotes em V.

Nina Ricci

Dizem as más línguas que as vendas da marca não andam muito boas, portanto pode ser que seja a última coleção assinada por Olivier Theyskens. Todos os vestidos desfilados eram tomara-que-caia. Saltos altíssimos e roupas muito vendáveis em tons escuros.

Sonia Rykiel

Modelos sorridentes e de alto astral em peças soltas, com babados, cores, brilhos e muito confortáveis. O desfile acontece num bairro boêmio onde Rykiel começou sua carreira tricotando. Muita descontração.

Stella McCartney

Natureba, vegetarianissima, amiga e protetora da natureza e rainha absoluta dos blazers sobre vestidos. Primeira fila cheia de celebs: Salma Hayek, Charlotte Casiraghi (filha de Caroline de Monaco), Kanye West, Pink, Beth Ditto e claro seu dad Sir Paul McCartney. Renda-se...vestidos absurdamente female e rendas em contradição com peças mais básicas e algumas com estampas de ceda lavada.

Valentino

Degradê, cores vivas, coleção clássica e sem muitos burburinhos. Depois da saída de Valentino, que se aposentou, a maison que tem o seu nome continua à procura de uma personalidade.

Viktor & Rolf

Modelos com maquiagem que pareciam estátuas gregas e roupas meio feitas de origami. Uma coleção bem séria perante a excentricidade da dupla. Casacos e Trench Coach foram destaque.

Yohji Yamamoto

Mil e uma variações de casacos, em um ótimo trabalho de alfaiataria. Sapatos ora branco, ora vermelhos de Ferragamo foram as únicas cores (fora a maquiagem) apresentadas em meio aos tons pretos. Odeio desfiles monocromáticos.

Yves Saint Laurent

Direcionada para o dia-a-dia, Pilati, em meio a crise econômica criou peças versáteis e para vida toda. O carro chefe foi o couro. A partir dele, ele criou a coleção toda. Pretos e brilhos num mix que deu muito certo.